Introduction and objectives: Cavotricuspid isthmus (CTI) ablation for typical atrial flutter (AFL) has improved in recent years, especially with three-dimensional (3D) electroanatomic mapping systems. These tools allow a better understanding of the arrhythmia with higher ablation success rates while reducing radiation exposure. However, most ablation procedures still require varying amounts of fluoroscopy. Our aim was to examine whether fluoroless CTI ablation is effective and safe in reducing AFL recurrence, compared with CTI ablation using fluoroscopy.
Methods: A retrospective analysis of CTI ablations performed at a tertiary center between December 2010 and December 2022. Patients were divided into two groups: fluoroless and fluoroscopic, according to the use of radiation. Procedural duration, fluoroscopy time (FT), radiofrequency time (RF), acute complications and recurrence rates at one year were analyzed.
Results: A total of 324 CTI ablations were performed. Mean age was 62.3±14.0 years, with 78.1% male patients. The FT was zero in the fluoroless group (n=31), and 7.0±7.0 minutes in the fluoroscopic group (n=293) (p<0.001). There was no statistically significant difference between the two groups, regarding AFL recurrence at one year. RF was shorter in the fluoroless group (8±4 vs. 14±11 minutes, p<0.001). Total time procedure duration was shorter in the fluoroless group (60±20 minutes vs. 99±45 minutes, p<0.001). There were no acute complications.
Conclusion: Fluoroless CTI ablation, avoiding any radiation exposure to the patient and operator, can be performed in patients with typical AFL, without compromising duration, safety or efficacy of the procedure.
Introdução e objetivos: A ablação do istmo cavotricúspide (ICT) no flutter auricular típico (FLA) melhorou nos últimos anos, especialmente com o uso de sistemas de mapeamento eletroanatomico tridimensional (3D). Estas ferramentas contribuíram para reduzir a exposição à radiação, mas a maioria dos procedimentos de ablação ainda requer alguma quantidade de fluoroscopia. O nosso objetivo passou por avaliar se a ablação do ICT sem fluoroscopia é eficaz e segura na redução da recorrência de FLA, em comparação com a ablação do ICT com utilização fluoroscopia.
Métodos: Análise retrospetiva de ablações do ICT realizadas num centro terciário entre dezembro de 2010 e dezembro de 2022. Os doentes foram divididos em dois grupos: sem fluoroscopia e com fluoroscopia, conforme o uso de radiação. Foram analisados o tempo total do procedimento, tempo de fluoroscopia (TF), tempo de radiofrequência (RF), complicações agudas e taxas de recorrência após um ano.
Resultados: Um total de 324 ablações de ICT foram realizadas. A idade média foi de 62,3 ± 14,0 anos, com 78,1% de doentes do sexo masculino. O TF foi zero no grupo sem fluoroscopia (n=31) e 7,0±7,0 minutos no grupo com fluoroscopia (n=293) (p<0,001). Não houve diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos em relação à recorrência de FLA após um ano. O RF foi menor no grupo sem fluoroscopia (8±4 vs. 14±11 minutos, p<0,001). A duração total do procedimento também foi menor no grupo sem fluoroscopia (60±20 minutos vs. 99±45 minutos, p<0,001). Não foram observadas complicações agudas.
Conclusão: A ablação do ICT sem fluoroscopia pode ser realizada em pacientes com FLA típico, sem comprometer a duração, segurança ou eficácia do procedimento.