Informação da revista
Vol. 34. Núm. 3.
Páginas 221-222 (Março 2015)
Vol. 34. Núm. 3.
Páginas 221-222 (Março 2015)
Imagem em Cardiologia
Open Access
Utilização de sistema de extração Snare para implantação de eletrocateter ventricular esquerdo na ressincronização cardíaca
Snare system for left ventricular lead placement in cardiac resynchronization therapy
Visitas
5566
Andreia Magalhães
Autor para correspondência
andreia_sm@msn.com

Autor para correspondência.
, Miguel Menezes, Nuno Cortez‐Dias, João de Sousa, Pedro Marques
Serviço de Cardiologia, Centro Hospitalar Lisboa Norte, Hospital de Santa Maria, Lisboa, Portugal
Este item recebeu

Under a Creative Commons license
Informação do artigo
Texto Completo
Baixar PDF
Estatísticas
Figuras (4)
Mostrar maisMostrar menos
Texto Completo

Um homem de 79 anos, com diagnóstico prévio de cardiopatia isquémica e valvular, submetido a cirurgia de revascularização miocárdica e substituição valvular aórtica, foi referenciado para implantação de sistema de ressincronização cardíaca com função desfibrilhação (CRT‐D). Encontrava‐se em classe funcional NYHA III, sob terapêutica médica otimizada, a fração de ejeção ventricular esquerda era de 25% e o QRS media 160ms, com padrão de bloqueio de ramo esquerdo.

Após acesso ao seio coronário e realização de venografia, visualizou‐se uma veia lateral alvo (Figura 1). O fio‐guia foi introduzido até à porção distal da veia e de seguida avançou‐se o eletrocateter, verificando‐se, no entanto, impossibilidade da sua progressão na região proximal do vaso. Optou‐se por progredir o fio‐guia da veia lateral, por um vaso colateral posterior, até ao óstio do seio coronário (Figura 2). Introduziu‐se um sistema de extração Snare através de uma bainha na veia subclávia esquerda, até à aurícula (Figura 3A) e realizou‐se tração da ponta do fio‐guia progressivamente até à pele. Assim, ambas as pontas do fio‐guia ficaram sob controlo do operador (Figura 3B) e foi possível com tração do fio‐guia a propulsão do eletrocateter até à posição pretendida (Figura 4). Os parâmetros eram adequados, na ausência de estimulação diafragmática. Não se verificaram complicações.

Figura 1.

Venografia com visualização de veia lateral alvo. SC: seio coronário.

(0,1MB).
Figura 2.

O fio‐guia foi avançado desde a veia lateral por uma veia colateral posterior até ao óstio do seio coronário (setas).

(0,08MB).
Figura 3.

Utilização do sistema de extração Snare (A). O sistema de extração Snare no interior da aurícula a alcançar a ponta do fio‐guia; (B) ambas as pontas do fio‐guia exteriorizadas através de duas bainhas. SC: seio coronário.

(0,15MB).
Figura 4.

Posicionamento final dos eletrocateteres em sistema de ressincronização cardíaca com função de desfibrilhação.

(0,05MB).

O correto posicionamento do eletrocateter ventricular esquerdo é um dos fatores determinantes de resposta favorável ao CRT. No entanto, a anatomia venosa condiciona muitas vezes este objetivo, sendo necessário criar abordagens alternativas, tecnicamente desafiantes, como a que descrevemos, para obter o melhor benefício clínico.

Responsabilidades éticasProteção de pessoas e animais

Os autores declaram que para esta investigação não se realizaram experiências em seres humanos e/ou animais.

Confidencialidade dos dados

Os autores declaram que não aparecem dados de pacientes neste artigo.

Direito à privacidade e consentimento escrito

Os autores declaram que não aparecem dados de pacientes neste artigo.

Conflito de interesses

Os autores declaram não haver conflito de interesses.

Copyright © 2014. Sociedade Portuguesa de Cardiologia
Idiomas
Revista Portuguesa de Cardiologia
Opções de artigo
Ferramentas
en pt

Are you a health professional able to prescribe or dispense drugs?

Você é um profissional de saúde habilitado a prescrever ou dispensar medicamentos

Ao assinalar que é «Profissional de Saúde», declara conhecer e aceitar que a responsável pelo tratamento dos dados pessoais dos utilizadores da página de internet da Revista Portuguesa de Cardiologia (RPC), é esta entidade, com sede no Campo Grande, n.º 28, 13.º, 1700-093 Lisboa, com os telefones 217 970 685 e 217 817 630, fax 217 931 095 e com o endereço de correio eletrónico revista@spc.pt. Declaro para todos os fins, que assumo inteira responsabilidade pela veracidade e exatidão da afirmação aqui fornecida.