OBJETIVO: Realizamos uma revisão sistemática a comparar a revascularização com a terapêutica médica otimizada na redução da mortalidade e na melhoria do prognóstico cardiovascular em mulheres com doença coronária crónica.
MÉTODOS: Foram realizadas pesquisas nas bases de dados da PUBMED/EMBASE e CINAHL a comparar a revascularização com a terapêutica médica otimizada em mulheres com doença coronária crónica. Extraímos dados sobre morte cardiovascular, isquemia miocárdica, insuficiência cardíaca e melhoria da angina. Os dados foram colhidos com base nas subanálises das mulheres incluídas nos estudos.
RESULTADOS: Quatro ensaios clínicos randomizados, que incluíram 10 722 doentes, seguidos por uma média de 4,5 anos, foram incluídos nesta revisão sistemática, onde 2401 eram mulheres. Os homens constituíram a maioria dos participantes dos ensaios. Comparada com a terapêutica médica, a revascularização não reduziu o risco de morte ou isquemia do miocárdio entre as mulheres. Observou-se uma melhoria da angina e uma redução nas hospitalizações por insuficiência cardíaca com a revascularização das mesmas.
CONCLUSÕES: A revascularização não foi associada a uma melhora na sobrevida ou na redução do risco de isquemia do miocárdio nas mulheres quando comparada com a terapêutica médica otimizada. Em algumas mulheres observou-se melhoria da angina e diminuição das hospitalizações por insuficiência cardíaca. As mulheres continuam subrepresentadas nos ensaios clínicos limitando a capacidade de tirar conclusões robustas.
AIM: We performed a systematic review to compare revascularization to optimal medical therapy (OMT) alone in reducing mortality and improving cardiovascular outcomes, in women with chronic coronary syndrome, due to obstructive coronary artery disease.
METHODS: PUBMED/EMBASE and CINAHL were searched for randomized trials comparing routine revascularization versus OMT alone in patients with chronic coronary syndrome. We extracted data regarding cardiovascular death, myocardial infarction, heart failure and relief of angina in women. Published data from sub-group analysis in women were the primary sources.
RESULTS: Four randomized clinical trials that enrolled 10 722 patients followed for a mean 4.5 years of follow-up fulfilled our inclusion criteria. 2401 women were included in these trials. Male patients with preserved left ventricular systolic function and without left main disease, formed the majority of trial participants. Compared with medical therapy alone, revascularization was not associated with a reduced risk of death or myocardial infarction, among women. Greater relief from angina and reduction in heart failure hospitalization was observed with revascularization in women in some studies.
CONCLUSIONS: Routine revascularization was not associated with improved survival or decreased rates of myocardial infarction in women when compared to OMT as an initial approach. Better relief from angina, and decreased hospitalizations due to heart failure were noted. Women continue to be underrepresented in clinical trials which limits our ability to draw robust conclusions.