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Pre-proof, online em 9 de junho de 2025
Post-myocardial infarction patient pathways in Portugal
Gestão do doente pós enfarte agudo do miocárdio em Portugal
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R Fontes-Carvalho1, A Abreu2, L Bento3, E Infante de Oliveira4, H Pereira3, J Freitas5, H Pedrosa5, F Macedo6
1 Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Cardiology Department, Portugal
2 Centro Hospitalar Lisboa Central, Hospital de Santa Marta, Cardiology Department, Portugal
3 Hospital Garcia de Orta, Cardiology Department, Portugal
4 Centro Hospitalar Lisboa Norte, Hospital de Santa Maria, Cardiology Department, Portugal
5 IQVIA Consulting Portugal, Portugal
6 Centro Hospitalar São João, Cardiology Department, Portugal
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Abstract

Acute myocardial infarction (AMI) is a condition that affects 12 000 Portuguese individuals annually [1] [2]. In Portugal, disease management foresees three levels of services according to the Cardiology Referral Network. This study aims to characterize the path taken by AMI patients in Portugal after hospital treatment, at the different hospital levels. Subsequently, it aims to propose recommendations for improvements.

A Steering Committee, composed of cardiology experts in AMI was responsible for the project methodology. A literature review was performed to systematize national and international AMI guidelines, followed by structured interviews of stakeholders involved in the management of these patients in seven hospitals different levels in Portugal. The study ended with a consensus meeting to analyze the results and develop recommendations.

Regarding communication and liaison between hospitals in the referral network: a clear distinction was observed between hospitals in urban areas with a relatively small referral area for level 2 services versus inland hospitals, to which patients from broader areas were referred. From the point of view of communication between professionals regarding the patient's clinical information, only in level 3 hospitals in the referral network was there a greater interconnection of systems and consequent greater ease in information flows. The latter had structured cardiac rehabilitation programs, which included the integration of in-house and community facilities, in line with European Society of Cardiology recommendations. Finally, regarding the frequency of post-discharge hospital follow-up and the professionals involved, in most hospitals, follow-up was reported with the first visit at three months post-discharge, and then repeated, on average, every six months for a period between one and two years in non-atypical patients.

There is high variability in the support and practices implemented to promote secondary prevention of AMI at different hospitals levels in Portugal. There is a need to review the patient pathway considering follow-up by Cardiology in the referring hospital until discharge from the consultation to a General Practitioner; implementation of Smoking Cessation Programs; Nutrition; Psychology and Physical Therapy, adjusted to the different hospital levels. Implementation of a cardiac rehabilitation program is key.

KeyWords:
Acute myocardial infarction
Cardiac Rehabilitation
Secondary Prevention
Patient Pathway
Guidelines
Abstract

O enfarte agudo do miocárdio (EAM) afeta 12.000 pessoas anualmente, em Portugal [1] [2]. A nível nacional, a gestão desta doença prevê três níveis de cuidados, de acordo com a Rede de Referenciação Hospitalar de Cardiologia. Este estudo tem como objetivo caracterizar a realidade do percurso dos doentes com EAM após internamento hospitalar, nos diferentes nível de cuidados. O estudo apresenta ainda um conjunto de recomendações para a sua otimização.

Foi criado um steering committee, composto por especialistas em EAM, responsável pela definição da metodologia do projeto. O estudo iniciou com uma revisão da literatura para sistematizar as diretrizes nacionais e internacionais para gestão do EAM, seguida de entrevistas estruturadas aos stakeholders envolvidos na gestão destes doentes em sete hospitais em Portugal. Terminou com o desenvolvimento de uma reunião de consenso para analisar os resultados e desenvolver recomendações.

Relativamente à referenciação foi observada uma clara distinção entre hospitais urbanos, com uma área de referênciação relativamente pequena quando comparada com hospitais do interior, cujos doentes eram referenciados de zonas mais distantes. Do ponto de vista da partilha de informações clínicas dos doentes, apenas nos hospitais de nível 3 foi identificada uma maior interconexão e interoperabilidade de sistemas informáticos e consequente maior facilidade nos fluxos de informação. Estes hospitais tinham programas estruturados de reabilitação cardíaca que compreendiam um acompanhamento hospitalar comunitário, em linha com as recomendações da ESC. Finalmente, em relação à frequência do acompanhamento hospitalar pós-alta e aos profissionais envolvidos, na maioria dos hospitais, foi relatada a realização duma primeira visita três meses após a alta, repetindo-se, em média, a cada seis meses durante um a dois anos.

Existe uma elevada variabilidade no suporte e nas práticas implementadas para promover a prevenção secundária do EAM nos diferentes níveis hospitalares. Há a necessidade de: otimizar o percurso do doente, garantindo o acompanhamento pela Cardiologia no hospital de referência até à referênciação para o médico de família; implementar programas de cessação tabágica; programas de nutrição; programas de psicologia e medicina física e reabilitação. A implementação de um programa de reabilitação cardíaca é fundamental para o sucesso da gestão destes doentes.

KeyWords:
Enfarte agudo miocárdio
reabilitação cardíaca
prevenção secundária
gestão doente
guidelines
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Revista Portuguesa de Cardiologia
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