Introduction and Objectives: Ischemic heart disease is the single most common cause of death in Europe. Mortality in patients presenting with ST-elevation myocardial infarction (STEMI) is associated with many factors, one of which is the time delay to treatment. The purpose of this work is to analyze the coronary pathway in our region in terms of timing, taking into consideration the place of first medical contact (FMC).
Methods: Consecutive patients admitted to our center with STEMI to undergo percutaneous coronary intervention (PCI) between 2013 and 2022 were analyzed. Age, gender, and time delays were collected. Analysis was performed with IBM SPSS version 28 for a significance level of 0.05.
Results: We found that non-PCI centers had a significantly greater FMC to diagnosis delay and diagnosis to wire delay compared to other places of origin. Only 2.2% of patients met the 10-min FMC to diagnosis target; 44.8% met the target of 90 min from diagnosis to wire in transferred patients, while 40.6% met the 60-min target for patients admitted to a PCI center. Median patient, electrocardiogram (ECG) and logistic delays are 92.0±146.0 min, 19.0±146.0 min and 15.5±46.3 min, respectively.
Conclusion: A significant difference between state-of-the-art targets and reality was found, depending on the place of FMC, with the worst delays in non-PCI centers. Patient delay, ECG delay, FMC to diagnosis and logistic delay are identified as key areas in which to intervene.
Introdução e Objetivos: A doença isquémica cardíaca é a causa mais comum de mortalidade na Europa. Na população de doentes que se apresenta com síndrome coronária aguda com elevação do segmento ST (STEMI), esta mortalidade está associada a diversos fatores, sendo um deles o tempo até ao tratamento. O objetivo deste trabalho é avaliar a via verde coronária na nossa região em termos dos tempos de demora, tendo em consideração o local de primeiro contacto.
Métodos: Foram avaliados doentes consecutivos entre 2013 e 2022 admitidos no nosso centro com STEMI para a realização de angioplastia primária (PCI). Variáveis de idade, sexo e atrasos foram recolhidas. Os dados foram analisados com o SPSS Versão 28 para um nível de significado estatístico de 0.05.
Resultados: Os centros sem PCI tiveram um atraso entre o primeiro contacto médico (FMC) e o diagnóstico significativamente maior, bem como desde o diagnóstico até à passagem do fio pela lesão, quando comparado com os restantes grupos. Apenas 2,2% dos doentes cumpriram o critério de diagnóstico de STEMI nos primeiros 10 minutos desde o FMC. Nos pacientes transferidos 44,8% cumpriu o critério de 90 minutos desde o diagnóstico até à passagem do fio guia. Por seu turno nos doentes admitidos no centro com PCI, 40,6% dos pacientes cumpriu o critério de 60 minutos desde o diagnóstico até a passagem do fio guia. Tempos medianos globais de atraso do paciente, até realização da eletrocardiograma (ECG) e logístico são de 92,0 146,0 minutos, 19,0 146,0 minutos e 15,5 46,3 minutos, respetivamente.
Conclusão: Encontrou-se uma diferença significativa entre aqueles que são os alvos de tempo definidos internacionalmente e a realidade, com os piores atrasos nos centros sem PCI. Identificaram-se deste modo áreas essenciais de intervenção em termos do atraso dos pacientes, ECG, do tempo até diagnóstico e atraso logístico.
