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Vol. 34. Núm. 11.
Páginas 705-706 (Novembro 2015)
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Comentário a estudo de custo‐efetividade de rivaroxabano para prevenção de acidente vascular cerebral em doentes com fibrilhação auricular em Portugal
Comment on “Cost‐effectiveness of rivaroxaban for stroke prevention in atrial fibrillation in the Portuguese setting”
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Luís Silva Miguel
Centro de Investigação Sobre Economia Portuguesa, Instituto Superior de Economia e Gestão, Lisboa, Portugal
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João Morais, Carlos Aguiar, Euan McLeod, Ismini Chatzitheofilou, Isabel Fonseca Santos, Sónia Pereira
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Como economista da saúde, com interesse particular na área de avaliação económica de medicamentos, foi com satisfação que verifiquei a publicação do artigo Cost‐effectiveness of rivaroxaban for stroke prevention in atrial fibrillation in the Portuguese setting, por Morais et al., no número 9 do volume 33 da Revista Portuguesa de Cardiologia1.

De facto, é cada vez mais claro que para além dos parâmetros de eficácia, segurança e qualidade que originam uma autorização de introdução no mercado, a utilização de medicamentos deve ser condicionada por critérios de custo‐efetividade. Tal é condição essencial para se garantir o melhor uso de recursos e, consequentemente, melhores resultados em saúde.

Naturalmente, tal desiderato só poderá ser plenamente alcançado se a comunidade médica tiver acesso a estudos publicados em revistas com reconhecido prestígio científico e com larga disseminação.

No entanto, e apesar de nos últimos 15 anos terem existido melhorias, uma parte significativa da comunidade médica não dispõe de ferramentas suficientes para analisar criticamente os resultados de um estudo e determinar os fatores que os podem condicionar. Este facto torna indispensável que pelo menos os principais parâmetros utilizados em cada estudo sejam reportados de forma transparente.

Como primeiro autor do estudo Economic evaluation of dabigatran for stroke prevention in patients with non‐valvular atrial fibrillation, publicado na Revista Portuguesa de Cardiologia no seu número 7‐8 do volume 322, analisei criteriosamente os resultados apresentados por Morais et al.. Esta análise comparativa permitiu constatar que as diferenças entre os resultados dos dois estudos provêm da disparidade dos custos monetários considerados para a monitorização de doentes em varfarina. Como será natural que os leitores comparem os dois artigos, julgo ser essencial que os autores da análise custo‐efetividade da utilização de rivaroxabano nesta indicação terapêutica reportem de forma inequívoca este parâmetro.

Adicionalmente, gostaria de alertar para a possibilidade de existir uma gralha na Tabela 4 –Cost‐effectiveness results of base‐case analysis. Neste quadro, os autores reportam – para cada alternativa terapêutica – os custos totais e os custos de cada parcela («drug acquisition», «drug monitoring» e «event‐related»). No entanto, a soma das parcelas não corresponde ao total.

Responsabilidades éticasProteção de pessoas e animais

Os autores declaram que para esta investigação não se realizaram experiências em seres humanos e/ou animais.

Confidencialidade dos dados

Os autores declaram que não aparecem dados de pacientes neste artigo.

Direito à privacidade e consentimento escrito

Os autores declaram que não aparecem dados de pacientes neste artigo.

Conflito de interesses

Os autores declaram não haver conflito de interesses.

Referências
[1]
J. Morais, C. Aguiar, E. McLeod, et al.
Estudo de custo‐efectividade de rivaroxabano para prevenção de acidente vascular cerebral em doentes com fibrilhação auricular em Portugal.
Rev Port Cardiol., 33 (2014), pp. 535-544
[2]
L.S. Miguel, E. Rocha, J. Ferreira.
Avaliação económica do dabigatrano na prevenção de acidentes vasculares cerebrais isquémicos em doentes com fibrilhação auricular não valvular.
Rev Port Cardiol., 32 (2013), pp. 557-565
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