TY - JOUR T1 - Bradidisrritmia puramente iatrogénica…existe? JO - Revista Portuguesa de Cardiologia T2 - AU - Duarte,Tatiana AU - Gonçalves,Sara AU - Sá,Catarina AU - Marinheiro,Rita AU - Fonseca,Marta AU - Farinha,José AU - Rodrigues,Rita AU - Seixo,Filipe AU - Parreira,Leonor AU - Caria,Rui SN - 08702551 M3 - 10.1016/j.repc.2018.05.018 DO - 10.1016/j.repc.2018.05.018 UR - https://www.revportcardiol.org/pt-bradidisrritmia-puramente-iatrogenicaexiste-articulo-S0870255117309897 AB - IntroduçãoNa bradidisrritmia (BD), associada a iatrogenia medicamentosa ou potenciais causas reversíveis, está recomendada a suspensão ou correção das mesmas, antes da implantação de pacemaker definitivo (PM). No entanto, estes doentes (dts) apresentam frequentemente doença do sistema de condução, existindo poucos dados relativos à recorrência de BD e à necessidade futura de PM. ObjetivoAvaliação da necessidade de colocação de PM em dts com BD iatrogénica ou associada a outra causa potencialmente reversível. MétodosForam avaliados dts consecutivos sintomáticos admitidos no serviço de urgência com o diagnóstico de BD (Doença do nódulo AV – bloqueio auriculoventricular e bloqueio auriculoventricular 2.° grau (2:1); Bradicardia Sinusal (BS) e Bradifibrilhação auricular (BFA)) no contexto de iatrogenia medicamentosa ou alterações metabólicas. Foi avaliada a percentagem de dts com necessidade de colocação de PM. ResultadosEstudaram‐se 153 dts (47% sexo masculino) admitidos com BS 16%; bloqueio auriculoventricular 63%; bloqueio auriculoventricular 2.° grau 12%; BFA 10%. Verificou‐se iatrogenia medicamentosa em 85% dos dts, hipercaliemia em 3% e etiologia combinada em 12%. Após suspensão da «iatrogenia», 55% dos dts (n = 84) colocou PM, sendo o bloqueio auriculoventricular o tipo de bradidisrritmia mais frequente, presente em 77% (n = 65) destes doentes. ConclusãoEm dts admitidos com BD associada a uma potencial causa reversível, elevada percentagem de dts apresentam persistência ou recorrência do quadro com necessidade de PM. Os dts com iatrogenia associada a doença do nódulo AV constituem um subgrupo com risco de recorrência mais elevado, necessitando de maior vigilância durante o follow‐up, devendo‐se ponderar PM no primeiro episódio. ER -