TY - JOUR T1 - Adoção da estratégia invasiva precoce no enfarte agudo do miocárdio sem supra desnivelamento de ST: análise dos resultados do Registo Nacional de Síndromas Coronárias Agudas JO - Revista Portuguesa de Cardiologia T2 - AU - Morgado,Gonçalo AU - Pereira,Hélder AU - Caldeira,Daniel SN - 08702551 M3 - 10.1016/j.repc.2017.06.008 DO - 10.1016/j.repc.2017.06.008 UR - https://www.revportcardiol.org/pt-adocao-da-estrategia-invasiva-precoce-articulo-S0870255116304334 AB - IntroduçãoNos doentes internados com enfarte agudo do miocárdio sem supradesnivelamento de ST (EAM‐NST), o momento mais apropriado para a realização de coronariografia não está completamente definido, embora esteja estabelecido que, nos doentes de alto risco, se deverá realizar nas primeiras 24 horas. O objetivo deste trabalho é descrever a evolução temporal da utilização de uma estratégia invasiva. Adicionalmente, pretende‐se discutir se haverá benefício em estabelecer sistema organizacional similar àquele que já existe para o enfarte com supra de ST. MétodosAnálise retrospetiva dos doentes admitidos com EAM‐NST, incluídos no Registo Nacional de Síndromas Coronárias Agudas, entre 2002‐2015. Avaliou‐se a percentagem de doentes submetidos a coronariografia e o tempo desde a admissão até à coronariografia, de acordo com o ano da admissão, género e idade, assim como a evolução da mortalidade e do tempo de internamento. ResultadosA análise incluiu 18639 doentes. Entre 2002‐2015, observou‐se um significativo aumento percentual das coronariografias (52,0 versus 83,6%) e angioplastias (23,3 versus 53,0%), assim como nas coronariografias realizadas nas primeiras 24 horas (21,0 versus 48,1%). A mortalidade intra‐hospitalar diminuiu ao longo do período de análise, particularmente nos doentes com mais de 74 anos (9,5 para 3,7%) e no género masculino. ConclusõesA adoção progressiva da estratégia invasiva, em particular da estratégia invasiva precoce, foi acompanhada temporalmente por uma diminuição da mortalidade. Como metade dos doentes de alto risco continua a realizar a coronariografia tardiamente, considera‐se que o EAM‐NST poderia beneficiar com um sistema organizacional como a iniciativa Stent for Life. ER -