TY - JOUR T1 - Terapêutica percutânea da insuficiência mitral: experiência inicial com o dispositivo MitraClip JO - Revista Portuguesa de Cardiologia T2 - AU - Cacela,Duarte AU - Fiarresga,António AU - Branco,Luísa AU - Galrinho,Ana AU - Rio,Pedro AU - Selas,Mafalda AU - Ferreira,Rui SN - 08702551 M3 - 10.1016/j.repc.2015.04.004 DO - 10.1016/j.repc.2015.04.004 UR - https://www.revportcardiol.org/pt-terapeutica-percutanea-da-insuficiencia-mitral-articulo-S087025511500133X AB - IntroduçãoA insuficiência valvular mitral (IM) é a valvulopatia mais comum e começa agora a ser alvo de abordagens percutâneas. O dispositivo MitraClip é virtualmente o único dispositivo com uma experiência considerável, ultrapassando atualmente as 20000 implantações. ObjetivoDescrever a experiência inicial da terapêutica percutânea da IM com o dispositivo MitraClip. MétodosDescrevem‐se os primeiros seis casos de MitraClip realizados nesta instituição (idade 58,5±13,1 anos), com IM 4+ de etiologia funcional e insuficiência cardíaca classe III ou IV (n=3) da New York Heart Association (NYHA), sem indicação cirúrgica ou recusados para cirurgia, com um follow‐up médio 290±145 dias avaliado clinicamente pela sobrevivência, classe funcional, teste da marcha dos seis minutos, estudo ecocardiográfico e determinação do proBNP. ResultadosO sucesso do procedimento (IM ≤2+) foi de 100%, com um tempo de procedimento de 115,8±23,7mins, sem intercorrências intra‐hospitalares, alta entre o 4.° e 8.° dia e uma melhoria consistente no teste da marcha dos seis minutos (329,8±98,42 versus 385,3±106,95m) e da classe funcional (três dos pacientes com melhoria de duas classes funcionais NYHA). Na totalidade do follow‐up (290±145 dias) constatam‐se dois óbitos, em dois dos quatro pacientes que tinham sido considerados para transplantação cardíaca. ConclusõesO procedimento de implantação do dispositivo MitraClip é seguro, com uma alta taxa de sucesso imediato nos pacientes com IM funcional. A médio prazo o benefício clínico parece esbater‐se ou anular‐se nos pacientes com insuficiência cardíaca mais terminal, nomeadamente nos pacientes a aguardar ou recusados para transplante. ER -