TY - JOUR T1 - Estudo TRomboEmbolismo Venoso pós‐Operatório (TREVO) – risco e mortalidade por especialidade cirúrgica JO - Revista Portuguesa de Cardiologia T2 - AU - Amaral,Cristina AU - Guimarães Pereira,Luís AU - Moreto,Ana AU - Sá,Ana Carolina AU - Azevedo,Ana SN - 08702551 M3 - 10.1016/j.repc.2016.11.007 DO - 10.1016/j.repc.2016.11.007 UR - https://www.revportcardiol.org/pt-estudo-tromboembolismo-venoso-posoperatorio-trevo--articulo-S0870255117302858 AB - Introdução e objetivosO tromboembolismo venoso, cujo risco está aumentado no doente cirúrgico, é uma causa evitável de morbimortalidade. O objetivo primário deste estudo foi estimar o risco de tromboembolismo venoso sintomático pós‐operatório global e por especialidade cirúrgica, num hospital terciário. Secundariamente, foram analisadas a gravidade e mortalidade dos eventos tromboembólicos. MétodosFoi realizado um estudo retrospetivo para a identificação de casos de tromboembolismo venoso pós‐operatório intra‐hospitalar, codificados pela Classificação Internacional de Doenças – 9.ª revisão, pelos critérios da Joint Commission International. Foram incluídos episódios de internamento de doentes adultos, operados, no período 2008‐2012. ResultadosEm 67635 episódios de internamento com cirurgia identificaram‐se 90 casos de tromboembolismo venoso pós‐operatório (mediana de idades: 59 anos), correspondendo a um risco de 1,33/1000 episódios (intervalo de confiança a 95% [IC95%], 1,1‐1,6/1000). A neurocirurgia apresentou maior risco (4,07/1000), seguida pela urologia e pela cirurgia geral p<0,001. Houve 50 episódios de embolia pulmonar, dos quais 11 foram fatais. Dos 90 casos, 12,2% decorreram sob anestesia do neuro‐eixo e 55,1% em doentes em estado físico ASA III. Foi administrada dose profilática de anticoagulante injetável no pós‐operatório a, pelo menos, 37,7% dos doentes. O risco decresceu de 2008 até 2012. A mortalidade associada aos eventos de tromboembolismo venoso durante o internamento foi 21,1% (IC95%, 13,6‐30,4). ConclusõesO risco de tromboembolismo venoso sintomático pós‐operatório foi de 1,33/1000. A neurocirurgia apresentou maior risco. A mortalidade foi de 21,1%. ER -