TY - JOUR T1 - Insuficiência renal aguda no contexto de cirurgia cardíaca pediátrica: fatores de risco e prognóstico. Proposta de um modelo preditivo JO - Revista Portuguesa de Cardiologia T2 - AU - Cardoso,Bárbara AU - Laranjo,Sérgio AU - Gomes,Inês AU - Freitas,Isabel AU - Trigo,Conceição AU - Fragata,Isabel AU - Fragata,José AU - Pinto,Fátima SN - 08702551 M3 - 10.1016/j.repc.2015.06.006 DO - 10.1016/j.repc.2015.06.006 UR - https://www.revportcardiol.org/pt-insuficiencia-renal-aguda-no-contexto-articulo-S0870255115002401 AB - Introdução e objetivosCaracterizar, no nosso centro, a epidemiologia, fatores de risco e impacto prognóstico da insuficiência renal aguda no pós‐operatório cardíaco. Desenvolver um modelo de regressão logística para estimativa do risco de insuficiência renal aguda na população em estudo. MétodosEstudo retrospetivo e monocêntrico em que foram incluídos doentes pediátricos consecutivos com cardiopatia congénita, submetidos a cirurgia cardíaca entre janeiro de 2010 e dezembro de 2012. Foram excluídos aqueles com doença renal prévia, história de diálise ou transplantação renal. ResultadosForam incluídos 325 doentes, idade mediana=3 anos (um dia; 18 anos). Quarenta (12,3%) doentes desenvolveram insuficiência renal aguda no primeiro dia após a cirurgia. Nove (69%) dos 13 doentes falecidos no pós‐operatório integravam o grupo com insuficiência renal. A ocorrência de insuficiência renal aguda condicionou um aumento do tempo de internamento na unidade de cuidados intensivos, da duração da ventilação mecânica invasiva e da mortalidade intra‐hospitalar (p<0,01). Foi construído um modelo de regressão logística (variável dependente: insuficiência renal aguda pós‐operatória, variáveis preditoras: idade e valores séricos de creatinina, ureia e lactatos registados no primeiro dia de pós‐operatório). O modelo previu de forma significativa a ocorrência de insuficiência renal aguda pós‐operatória nesta população, com uma sensibilidade e especificidade máximas combinadas de 82,1 e 75,4%. ConclusõesNo pós‐operatório cardíaco a insuficiência renal é comum e determina um mau prognóstico. A idade mais jovem e a elevação precoce da creatinina, ureia e lactatos séricos foram preditores robustos da ocorrência de insuficiência renal nesta população, permitindo a construção de um modelo analítico objetivo que poderá ser útil na estratificação de risco nestes doentes. ER -