TY - JOUR T1 - Relação entre a leptina, a massa corporal e a síndrome metabólica numa amostra da população adulta JO - Revista Portuguesa de Cardiologia T2 - AU - Martins,Maria do Carmo AU - Lima Faleiro,Luís AU - Fonseca,Aidil SN - 08702551 M3 - 10.1016/j.repc.2012.08.002 DO - 10.1016/j.repc.2012.08.002 UR - https://www.revportcardiol.org/pt-relacao-entre-leptina-massa-corporal-articulo-S0870255112001941 AB - ObjetivoEstudar a relação que a leptina tem com a obesidade (expressa em índice de massa corporal) e alguns componentes da síndrome metabólica (SM) numa amostra da população adulta. População e métodosEm 103 indivíduos, 42 homens e 61 mulheres, com idades superiores a 30 anos, clinicamente definidos como não diabéticos mas com patologia cardiovascular e/ou antecedentes familiares de doenças cardiovasculares (DCV), determinaram-se, além da leptina, a insulina, a glicemia em jejum e após ingestão de 75g de glicose, HDL-c, triglicéridos e calcularam-se os índices de resistência à insulina (IR-HOMA) e de massa corporal (IMC). ResultadosO IMC, tomado como índice de obesidade geral, condicionou os níveis séricos da leptina.O IMC subiu, em ambos os sexos, à medida que os níveis séricos da leptina se elevaram do 1.° para o 3.° tercil da respetiva distribuição.Foi muito forte a correlação leptina/IMC com r=0,524 nos homens e r=0,603 nas mulheres, significância estatística elevada.Na previsão da hiperleptinemia, a posição cimeira foi assumida pelo IMC com AUC (area under curve) de 0,81 nos homens e 0,84 nas mulheres.Ao avaliar-se a magnitude da associação da leptina aos diferentes fatores de risco (regressão logística binária univariada) observaram-se valores muito altos de odds ratio (OR) para a relação leptina/IMC, em ambos os sexos (10,11 nos homens e 6,00 nas mulheres).Verificou-se mesmo (regressão logística multivariada) que a hiperleptinemia foi condicionada, em ambos os sexos, pela obesidade com OR de 9,30 nos homens e 8,1 nas mulheres, considerando IMC ≥ 30 kg/m2.- A hiperinsulinemia e a IR influenciaram profundamente a hiperleptinemia.Na previsão da IR, a leptina surgiu, em ambos os sexos, como primeiro elemento (AUC=0,89 nos homens e 0,85 nas mulheres) e, na previsão da hiperleptinemia, vêm logo a seguir à obesidade (IMC), a IR nos homens e a hiperinsulinémia nas mulheres com AUC respetivamente de 0,79 e 0,78.Foram fortes as correlações leptina/IR-HOMA e leptina/insulina, em ambos os sexos e enorme a influência que nos homens teve a hiperinsulinémia (OR=11,71) e a IR nas mulheres (OR=21,22).- Relativamente aos componentes da SM:Observou-se elevação dos respetivos níveis séricos, à medida que as concentrações da leptina subiram do 1.° para o 3.° tercil da respetiva distribuição (com exceção do HDL-c, que desceu). ConclusãoO aumento da leptina sérica, sobretudo nos indivíduos obesos, deve constituir sinal de alerta para desiquilíbrios energéticos e do regimen alimentar, para a existência de hiperinsulinemia, de IR, de alterações em outros fatores de risco metabólicos que têm profunda influência nas DCV e diabetes tipo 2. ER -