TY - JOUR T1 - ICP primária no enfarte de miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST: tempo para intervenção e modos de referenciação JO - Revista Portuguesa de Cardiologia T2 - AU - Jerónimo Sousa,Pedro AU - Campante Teles,Rui AU - Brito,João AU - Abecasis,João AU - de Araújo Gonçalves,Pedro AU - Calé,Rita AU - Leal,Sílvio AU - Dourado,Raquel AU - Raposo,Luís AU - Silva,Aniceto AU - Almeida,Manuel AU - Mendes,Miguel SN - 08702551 M3 - 10.1016/j.repc.2012.07.006 DO - 10.1016/j.repc.2012.07.006 UR - https://www.revportcardiol.org/pt-icp-primaria-no-enfarte-miocardio-articulo-S0870255112001783 AB - IntroduçãoSegundo as recomendações atuais para o tratamento do enfarte agudo do miocárdio com supra-desnivelamento do segmento ST a intervenção coronária percutânea deve ser efetuada dentro de 90min após o primeiro contacto médico e o tempo total de isquémia não deve exceder os 120min.O objetivo deste trabalho foi analisar a adequação da implementação destas recomendações para o enfarte do miocárdio com supra-desnivelamento do segmento ST num centro terciário de intervenção coronária percutânea. MétodosRegisto prospetivo de centro único de 223 doentes consecutivos referenciados para intervenção coronária percutânea primária entre 2003 e 2007. ResultadosNesta população (idade média 60±12 anos, 76% de sexo masculino), a mediana do tempo total de isquémia foi 4h 30min (< 120min em 4% dos doentes). O intervalo de tempo com menor atraso foi desde o primeiro contacto médico até à realização do ECG (mediana 8min, <10min em 59% dos doentes). Os intervalos com maior atraso foram: do início dos sintomas ao primeiro contacto médico (mediana 104min, <30min em 6% dos doentes) e do primeiro ECG à realização da intervenção coronária (mediana 140min, <90min em 16% dos doentes). O menor tempo total de isquémia associou-se a melhor fluxo TIMI final, melhor TIMI frame count final e maior resolução do segmento ST após angioplastia (p<0,03).As três origens mais frequentes dos doentes foram: dois hospitais de localidades próximas e o sistema de emergência médica pré-hospitalar. No grupo pré-hospitalar verificou-se menor tempo total de isquémia do que nos hospitais A ou B (2h 45min versus 4h 44min e 6h 40min, p<0,05), com menor tempo desde o primeiro contacto médico até à angioplastia (89min versus 147 e 146min, p<0,05). ConclusãoNesta população, apenas uma reduzida percentagem de doentes com enfarte agudo do miocárdio obteve tratamento adequado por angioplastia primária dentro dos tempos recomendados. Os doentes referenciados pelo sistema de emergência pré-hospitalar, embora em reduzida percentagem do total, foram os que obtiveram os melhores resultados na precocidade do tratamento. O cumprimento das recomendações traduz-se em melhores resultados na perfusão miocárdica obtida pela angioplastia primária. ER -