TY - JOUR T1 - Papel do ecocardiograma transesofágico na avaliação e orientação terapêutica dos doentes com evento cerebral isquémico agudo até aos 65 anos de idade JO - Revista Portuguesa de Cardiologia T2 - AU - Gaspar,António AU - Silva,Isabel AU - Costeira Pereira,António AU - Salomé,Nuno AU - António Mariz,José AU - Brandão,Aida AU - Fernandes,Francisco AU - Simões,Alda AU - Salgado,Alberto AU - Correia,Adelino SN - 08702551 M3 - 10.1016/S0870-2551(11)70002-6 DO - 10.1016/S0870-2551(11)70002-6 UR - https://www.revportcardiol.org/pt-papel-do-ecocardiograma-transesofagico-na-articulo-S0870255111700026 AB - IntroduçãoO acidente vascular cerebral (AVC) isquémico é a principal causa de morte em Portugal, estimando-se que cerca de 30 a 50% dos casos sejam de etiologia embólica cardíaca. O ecocardiograma transesofágico (ETE) tem assumido um papel cada vez mais importante na identificação de potenciais fontes cardíacas de embolização. No entanto, o seu papel na orientação terapêutica tem sido mais controverso. ObjectivosAnalisar os dados obtidos pelo ETE na avaliação diagnóstica dos doentes internados com AVC, assim como a influência dos mesmos na orientação terapêutica. MétodosEstudo retrospectivo de doentes com AVC ou acidente isquémico transitório (AIT) até aos 65 anos, sem diagnóstico após ecodoppler dos vasos do pescoço, electrocardiograma (ECG) e ecocardiograma transtorácico (ETT), submetidos à realização de ETE entre 1992 e 2009. Relativamente aos achados do ETE, foram considerados como potenciais fontes embólicas os seguintes diagnósticos: defeito do septo interauricular (SIA) ou comunicação interauricular; foramen ovale patente (FOP); aneurisma do SIA (ASIA); vegetação; trombo intracavitário; tumor; placas aórticas > 2mm (aorta ascendente e arco). ResultadosForam avaliados 294 doentes com idade média de 45 anos, sendo 56,8% do sexo masculino. O ETE diagnosticou potenciais fontes embólicas cardíacas em 36,7% dos casos, sendo o FOP e o ASIA os diagnósticos mais frequentes. Ao longo do período avaliado, verificou-se um aumento do número de exames realizados assim como do número de diagnósticos, principalmente de FOP e ASIA. Quando comparados os doentes com achado diagnóstico no ETE com os restantes, verificou-se que os primeiros eram mais idosos e mais frequentemente medicados com hipocoagulação oral. Através de análise multivariada, a presença de um achado diagnóstico no ETE foi confirmada como preditor independente da instituição de hipocoagulação oral (OR=2,48; IC 95%: 1,42–4,34; p=0,001). ConclusãoNa população avaliada, o ETE revelou-se útil na pesquisa de potenciais fontes embólicas cardíacas e influenciou a subsequente orientação terapêutica. ER -